No setor de saúde, há basicamente duas vertentes de inovação. Uma delas envolve o desenvolvimento de softwares, que depende do empenho de profissionais em repensar modelos de processos e gestão. A outra se refere ao desenvolvimento de hardwares (no caso da saúde, equipamentos médicos) e demanda investimento massivo em longo prazo. Na visão de Vitor Asseituno, CEO da Live Healthcare Media e jurado do Prêmio Empreenda Saúde, ambas as vertentes de inovação precisam ser fomentadas todos os dias.

Médico formado pela UNIFESP com MBA em Finanças pela FGV, Asseituno já trabalhou com investimento anjo e venture capital para startups em early stage no Brasil e nos EUA. “Toda inovação precisa se basear em um tripé: tecnologia, conhecimento da indústria e skill de negócio. Baseado em minha experiência, recomendo às startups que garantam essas três competências reunindo engenheiros, médicos e administradores para rastrear soluções novas. Isso é uma premissa para inovar na área da saúde,” afirma o CEO.

Questionado sobre qual o caminho da inovação, Vitor responde na lata: “Tentativa e erro. Não existe fórmula mágica.” Pode até parecer uma resposta simplista demais mas, além de ser verdade, esse também é o principal desafio para inovar no setor de saúde. Estamos falando de uma área de atuação que tem total aversão a riscos, afinal, há vidas humanas envolvidas.  Para o CEO, negar o risco é inconsequência e paralisar-se diante dele comprometeria muito o desenvolvimento do setor. Desta forma, é necessário ter a ousadia de fazer a gestão responsável desse risco.

Para Vitor, o mercado de saúde no País é promissor  e está repleto de oportunidades para os empreendedores. “Se existe um lugar onde é possível inovar nesse setor, com certeza é o Brasil. Muitas boas ideias nascem aqui e surgem de grandes iniciativas como o Prêmio Empreenda Saúde.”

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